segunda-feira, 16 de maio de 2011

Minha viagem com Hungria, Prússia e Inglaterra


Ainda sinto como se tudo não passasse de um sonho...



Tudo começou com uma visita de Hungria à minha casa. Servi uns doces que havia encomendado naquela manhã, mas antes que degustássemos o primeiro pedaço, aquele bisbilhoteiro (lê-se "Prússia") saiu de alguma moita e atacou um de meus pobres pedaços de bolo.

Claro que Elizabeth armou-se de sua frigideira e daí em diante só pude mensurar quantos hematomas Gilbert levaria para casa do Alemanha.

Bem, foi nesse meio tempo que Inglaterra apareceu. Convidei-o para tomar um chá (pedindo para ele ignorar a briga) e servi alguns bolos. Foi então que ele me falou de uma bela mansão em suas terras a qual iriamos gostar de visitar.

_ Uma Mansão? _ Hungria mostrou que estava ouvindo a conversa. Eu a vi segurando a gola de Prússia e pronta para dar a próxima panelada.

_ Sim, sim. _ Respondeu Arthur _ Ganhei este convite de um amigo de um amigo meu, mas é preciso mais três acompanhantes para viajar.

Estranhei. Eu não queria acreditar que o círculo social de Inglaterra era tão pequeno a ponto dele nos convidar. Tipo... Não somos amigos nem nada do tipo.

_ Então quer que nós viajemos com você? _ Gilbert se intrometeu.

_ "Yes, Gilbert" _ Arthur sorriu. E foi um sorriso estranho _ O avião vai sair ainda hoje. Se apressem, caso queiram vir. Nos reuniremos aqui mesmo, no final da tarde. Podem ficar tranquilos, vocês irão para meu país. _ Ele acenou, deu meia volta, e sumiu usando mágica.

Fiquei algum tempo olhando para o local onde estava Arthur há poucos segundos e "despertei" com os comentários de Prússia e Hungria sobre o tal convite. 

Sinceramente, eu estava com uma sensação ruim. Estava pronto para recusar, mas quando Hungria me perguntou se eu queria ir... Sei la, acabei aceitando.

No final da tarde, nos encontramos com Inglaterra no local combinado e aparatamos com a ajuda dele para o aeroporto (Nota mental: Não comer nada antes de aparatar). Não precisamos entrar na fila para o check-in e logo pegamos o avião para a Inglaterra.

Dentro do veículo, eu estava sentado próximo à janela e mantinha a cabeça encostada no vidro. Eliza dormia apoiada em meu ombro e, ao lado dela, Prússia roncava fracamente. Nem liguei. Ainda estava tentando refletir sobre o que me fez aceitar aquela viagem, pois a história de Inglaterra estava difícil de engolir. Convites pra uma mansão? Por que convites? Era uma espécie de hotel?

Ao chegar ao aeroporto, Inglaterra nos aparatou para outro lugar.

Um belo lugar, diga-se de passagem.

Acho que por alguns segundos me esqueci de piscar. Estávamos agora em um sítio pequeno e luxuoso. Tinha uma lagoa que águas cristalinas e uma grama verde-vivo. Era possível ver o véu de estrelas passando por nossas cabeças, dando a sensação que estávamos num planetário. 

Fiquei maravilhado.

Hungria então segurou meu pulso e apontou para a mansão rústica e bem trabalhada, parecia ser antiga. Tinha dois andares cor de marfim com detalhes dourados. Havia umas quatro janelas na frente, que chegavam até o chão ou então bem próximo dele.

Começamos a andar até ela.

Prússia caminhava bem atrás de nós, lento demais. Olhava para um ponto indefinido ao seu lado que, realmente, estava me incomodando. Acho que incomodou Eliza também, pois quando dei por mim, ela se aproximou dele e o puxou pelo pulso.

_ H... Hei! _ É, parece que Gilbert tinha voltado à realidade.

_ Deixa de ser lerdo! Nem parece que viveu em guerras, homem!

Acabei rindo da cena, mas isso logo passou quando observei Arthur mais atentamente. Ok, eu só podia ver a nuca dele, mas aquele andar rígido não me enganava. Afinal, sou uma nação com uma boa carga de experiência nas costas.

Paramos em frente á porta de madeira trabalhada e Arthur bateu nela usando a aldraba de metal. Enquanto esperávamos, Hungria se virou pra mim com ar de ansiedade:

_ Que lugar lindo, não? Já veio aqui antes?

_ Sinceramente, não, mas se for agradável poderemos vir mais vezes, o que acha?

_ Boa idéia!

Nos entreolhamos por um momento, até que o canto dos meus olhos acabou percebendo uma imagem que chamou minha atenção. Resolvi olhar para o lado e vi Prússia fitando o nada. Espere um pouco, ele estava pensando?!

Certamente aquele era um fato inédito.

Hungria sorriu e deu com a frigideira de leve na cabeça dele:

_ Au!

_ Terra para Gilbert Inútil!

_ Deixe-o Elizabeth, você interrompeu um momento raro da vida. Gilbert pensando. Creio eu, pelo menos.

Eu o vi fazer uma careta de poucos amigos. Como se eu ligasse... 

_ Fiquem quietos, por favor. _ Inglaterra resmungou _ Mal entraram e já estão agindo deste modo? Hnf.

Arthur bateu na porta mais uma vez e de repente ela se abriu, mostrando um casal que fez meu sangue instantaneamente gelar. Ambos eram muito pálidos e estavam bem abatidos. Carregavam malas pesadas e nos encaravam com os olhos bem ressaltados. Não sei se pareci grosseiro, mas acho que fiz uma careta na hora. 

Entregamos nossos convites e eles tentaram sorrir. Tentaram. Depois saíram às pressas da mansão, parecendo que iam tropeçar a qualquer momento com aquelas pernas bambas e fracas.

_ Bem... Er... _ Arthur passou a mão pelos cabelos e se virou para nós _ Eu vou cuidar das coisas aqui por baixo. Podem subir e desfazer as malas. Todos os quartos ficam la em cima.

_ Oh, sim, claro _ Falei.

Peguei minha mala e a de Elizabeth para subir as escadas e quando chegamos ao segundo andar, cada um escolheu um quarto.

O meu ficava de frente para aquele lago. Era uma vista bonita. Abri minha mala, guardei todas as roupas nas duas gavetas vazias da cômoda e me aproximei da janela para contemplar a paisagem. Meus olhos se perderam naquela grama tão viva...

De repente um vulto passou voando pela janela, bem diante dos meus olhos.

Pulei para trás e senti meu coração rapidamente chegar até o esôfago. Uma reação típica de quem é surpreendido, claro. Não sei como não gritei. Não acreditei ser impressão minha... Foi perto demais, demasiadamente perto.

Me afastei mais da janela e fui até o espelho, apenas para perceber a ausência de cor no meu rosto. Respirei fundo, passei as mãos pelo cabelos e desci para jantar. 

Nota mental nº 02 - Sempre perguntar quem fez a comida.

Isso porque se eu tivesse perguntado, não teria colocado aqueles scones na boca. Foi horrível! Eles já tinham chegado à minha garganta e aí comecei a tossir. Não sei se estava passando mal ou se era meu corpo me insultando por ter colocado aquilo na boca. Ouvi as vozes de Hungria e Prússia (este último gritando algo como "scones da morte") e nesse desespero olhei para o lado e tossi tudo de vez. Acho que toda massa saiu da minha boca...

...E foi parar tudo na cara de Prússia.

Se Gilbert fosse uma nação, teria declarado guerra contra o território austríaco naquele momento. Claro que o "jantar" se resumiu a uma confusão que nem vale a pena ser narrada. Só posso dizer que terminei com a roupa cheia de comida, e tive uma briga com Gilbert, a qual se estendeu até eu levar um sermão de Inglaterra.

Voltei para o quarto, tomei um banho e coloquei o pijama, pensando onde eu estava com a cabeça ao aceitar viajar com aquele protótipo de nação.

Era melhor dormir e torcer para o dia seguinte ser melhor

E dormi...

...

Foi quando tive meu pior pesadelo

Meu corpo estava mergulhado na escuridão e pude ouvir uns sussurros infantis se estendendo pelo espaço. Procurei ver de onde vinham, mas não enxergava sequer meu corpo.

Então vi um flash e de repente a cara medonha de uma garota com olhos sobressaltados, cabelos esvoaçantes e boca muito aberta apareceu a poucos milímetros da minha. Nem deu tempo de gritar, até minha voz havia sumido.

Tudo escureceu de novo, e dessa vez ouvi um rápido grito seguido de uma lâmina ser cravada em meu tronco, rasgando minha carne. Não sei se foi sonho, mas a dor que eu senti foi tão real que não aguentei e acabei gritando. Sentia a lâmina se aprofundar e cortar-me vagarosamente com o único fim de me torturar. Minha cabeça girava e sons pairavam desordenados dentro dela.

Um grito agudo e infantil ecoou estridente na minha mente e logo tudo desapareceu.

Até agora não sei o que foi sonho e o que foi realidade...

Nem faço idéia...

Quando abri os olhos, estava deitado no chão da cozinha, com a cabeça no colo de Elizabeth. Senti sua delicada mão em minha fronte e pude ver o rosto preocupado dela. Inglaterra também estava próximo e percebi a mandíbula rígida dele, como se quisesse me dizer alguma coisa.

_ Roderich! _ Hungria sorriu aliviada _ Que bom que acordou!

_ ...

Sentei-me atordoado e toquei na cicatriz que vi em meu corpo. Então aquilo foi real? Tentei me lembrar do rosto que vi em meu sonho. Era uma menina de olhos claros, sim... Uma pele muito maltratada e cabelos bem escuros... Acho que eram negros.

Levantei-me para sentar em uma cadeira e colocar as idéias em ordem. Tudo estava tão confuso que sequer consegui formular uma pergunta.

_ Tome, vai lhe fazer bem. _ Arthur me ofereceu café.

Logo depois nós três vimos Gilbert chegar ferido e mancando com sofreguidão. Hungria levou as mãos à boca assustada ao ver o estado de Prússia e rapidamente correu para apoiá-lo antes que caísse de vez no chão. Olhei para a cena confuso, sem saber o que dizer.

Eliza guiou Gilbert até uma cadeira enquanto Inglaterra permanecia com os olhos arregalados diante da situação.
_ E então, macumbeiro enganador? _ Prússia inquiriu furioso, erguendo um dos braços impacientemente _ O que tem a dizer sobre isso? Não foi para passar as férias que nos chamou aqui, certo?

Arthur saiu de seu estado de transe e piscou várias vezes. Em seguida fechou os olhos, bufou e puxou uma cadeira para sentar-se perto de nós.

_ Não achei que o fantasma reagiria agressivamente. _ Ele respondeu _ Pensei que, vendo os dois, ela pelo menos daria pistas mais precisas. E deu. Mas não do modo que pensei que seria. Que besteira a minha. _ Prosseguiu e tirou um livro antigo, sem nada escrito na capa ou contra capa, de dentro do casaco.

Hungria arregalou os olhos e quase degolou o loiro.

_ Fantasma?! Esta Mansão aqui é assombrada?! Ahhhhh! Artie, é bom indo explicando logo ou eu não vou hesitar em usar minha frigideira em você!!

Já eu balancei minha cabeça ainda em estado perplexo e acabei falando a única frase coerente que consegui elaborar:

_ Mas por que logo eu? O Gilbert é bem mais propenso a problemas.

É verdade. Vai dizer que não?

Inglaterra suspirou e folheou o tal livro enquanto explicava:

_ Bem, de acordo com o que busquei, é uma história bem antiguinha, até. Eliza, cuide dos ferimentos do Prussia e se sente também.

Vi Hungria resmungar e atender ao pedido.

Bem, pelo que eu pesquisei, a garota era filha de uma das famílias mais ricas desta cidade, no século XIX. Mas, como nem tudo que reluz é ouro, o pai abusava constantemente dela, fora as vezes que a deixava sem água e comida. E a mãe não podia fazer muita coisa, senão sofria as mesmas consequências. Ele as tratava como brinquedinhos sexuais e escondia isso sobre os panos da sociedade daquela época. Era realmente cruel.

Até que teve um dia que a criança não aguentou e desamaiou, ficando em estado de coma. Como o covarde não ligava muito para ela, mandou seu amigo médico enterrá-la, achando que estava morta. Ele errou. E pior, o médico sabia disso. Mas como soube? De acordo com as minhas pesquisas, ele era necrófilo. Tentou abusar da garota, mas ela acordou antes do ato. Assustada, ela se encolheu em um canto. O médico se passou por bonzinho e lhe enganou com palavras tentadoras, como um lar e um pai correto.

Mas, foi até pior. Ela se tornou empregada dele e além dos abusos e da fome, ele ainda torturava a coitada, tanto físicamente quanto verbalmente, falando em como ela era fraca e não merecia ser a herdeira da família em que nasceu. Não aguentando a vida que viveu, cometeu suicídio se jogando do segundo andar da Mansão. É por isso que ela só aparece no segundo andar da casa. Portanto, estamos seguros aqui, por enquanto.

Quando acabei de ouvir a história, baixei a cabeça e respirei pesarosamente. Meu governo está se empenhando em fazer leis mais rígidas porque... Infelizmente tivemos problemas nesse sentido...

_ Nossa! Que dureza... _ Gilbert comentou _ Mas ainda não entendo por que ela nos atacou, nem por que ainda está viva.

_ Bem, aqui estão umas fotos do médico e do pai da garota, já que você quer saber.

Inglaterra deu duas fotos avulsas do livro para mim e Gilbert, e quando coloquei os olhos nelas, meus óculos quase escorregaram da face. Por sorte consegui segurá-los a tempo.

O pai e o médico era exatamente iguais a mim e ao Gilbert.

_ I... Isso é um insulto a minha pessoa! _ Exclamei irritado, finalmente de volta ao meu estado normal. Ter a mesma aparência de um daqueles desgraçados era simplesmente uma ofensa do destino _ São praticamente nossas cópias!

Prússia piscou várias vezes e só depois de sair do choque perguntou:

_ Bem, mas quem aí é o médico e o pai da garota?

_ Roderich seria o doutor e Gilbert o pai. _ Respondeu Inglaterra.

Senti meu rosto queimar e certamente era de raiva. Transtornado, desviei minha atenção para as páginas do livro e só então percebi.

Era a garota do meu pesadelo.

Certamente achava que Gil e eu éramos os ofensores dela e agora queria se vingar.

_ Era essa menina que estava no meu sonho e me cortou ao meio _ Confessei _ Será que ela controla os sonhos, também? Oh meu Deus, se for verdade acho que nem dá pra dormir. Vamos ter que ficar acordados.

_ Tem razão _ Arthur afirmou _ Melhor vocês dois ficarem acordados, a menos que queiram ter um novo pesadelo.

_ Isso mesmo... _ Hungria dirigiu-se ao armário de louças _ Vou preparar mais um pouco de café caso precisem.

_ Droga. _ Ouvi Prússia bufar enquanto passava a vista no livro ... E ele tinha razão, infelizmente. _ Ué, onde está o broche?

_ Que broche? _ Indagou Eliza, que depois voltou seus olhos ao livro e também viu. Eles se referiam ao broche que aparecia na foto com a garota. Realmente, no meu pesadelo ela estava sem qualquer adorno _ Ah. Este. Tenho a impressão de tê-lo visto em algum lugar.

Inglaterra olhou perplexo para a jóia que Hungria carregava:

_ Você sabe onde está? Gilbert, você que ficou mais tempo no quarto, viu algo referente ao broche?

_ Bem, tenho a impressão que vi no meu quarto _ Confessou Eliza enquanto olhava para cima.

_ Eu vi umas coisas sinistras no quarto do aristocrata quando o vimos desmaiado! _ Gilbert declarou _ Tinha umas coisas escritas com sangue na parede. Ahn... Tinha "Me devolva" e "Você terão que tê-los". Ah, e não é só isso. Depois daquela guerra de comida eu fui para o meu quarto, me olhei no espelho e... Er... Bem, eu vi a imagem de um ursinho cinza flutuando atrás de mim. _ Percebi que ele ficava mais pálido à medida que falava _ Olhei pra trás e não vi nada! Então voltei a olhar para o espelho e vi o reflexo do ursinho mais perto do meu e o bicho ainda chorava sangue! Foi muito bizarro! Depois senti alguém segurar meu braço esquerdo e quando fui ver... Não tinha nada, mas meu braço tava gelado!

Lógico, todos nós ficamos calados e com aquela terrível sensação de assombro.

_ Eu vou pegar o broche _ Falou Hungria.

_ Eliza...! _ Chamei.

_ Não se preocupe, acho que não corro o mesmo risco que vocês.

E sem dizer mais nada ela subiu para o segundo andar. Ficamos esperando e nos seguramos para não irmos atrás dela. Finalmente Eliza desceu, já com o broche na mão e o rosto muito pálido.

Inglaterra ficou pensativo e depois que um tempo, suspirou e finalmente disse algo:

_ É o seguinte, amanhã voltaremos para lá. E se qualquer um ver a pequenina, entregue o broche a ela. Pode ser nosso único modo de acabar com maldição de uma vez por todas.


Acabei passando a madrugada fazendo o que eu menos imaginava fazer: Ficar acordado com Prússia, jogando video-game na sala de estar, enquanto Hungria e Inglaterra dormiam profundamente, cada um em um sofá. O volume da televisão estava muito baixo e nenhum de nós falava alto. Cheguei a jogar umas partidas de Mario Kart, mas depois fiquei assistindo ao Gilbert jogando Final Fantasy. Não era ruim, parecia que eu estava vendo um daqueles filmes computadorizados.

Eu estava deitado no carpete, com a cabeça apoiada numa almofada, e de vez enquanto me pegava pensando no tal urso de pelúcia, cujo reflexo apareceu no espelho.

Mais que isso. Prússia disse que leu a frase "vocês terão que tê-los" em minha parede. "Tê-los"... Plural... Então talvez a tal assombração esteja se referindo a mais de uma coisa.

E quando dei por mim, vi os primeiros raios do amanhecer atravessarem a janela. Pena que não tive tempo para contemplar, fiquei mais preocupado com o que aconteceria nas horas seguintes.

O último ronco de Arthur me assustou. Ainda deitado, olhei para cima e o vi de pé, com os cabelos mais bagunçados que o normal. Hungria acordou logo em seguida. Seus cabelos estavam bem emaranhados, mas ela não ligou pra isso. Meramente esfregou os olhos e bocejou.

_ Uaaa... Bom dia _ Ela nos cumprimentou rotineiramente _ Querem que eu faça um café?

_ Não, obrigado... Acho que já bebi isso mais que o próprio América.

Gilbert largou o controle do game e suspirou cansado.

_ Eu também passo.

Eu me levantei e fui até o banheiro para deixar minha própria cara num estado mais apresentável.

Tivemos um dia "normal" comparado com a madrugada conturbada. Tudo o que tivemos que fazer era ficar longe do segundo andar. A razão por eu não ter ido embora da casa é porque queria fazer algo pela pobre garota. E tínhamos um plano, o qual seria executado próximo da meia noite, que era quando visitaríamos a zona proibida.

Durante um o almoço da vi Gilbert falando com Alemanha pelo celular, dizendo coisas como "você foi tudo pra mim, desde que era criança", "se eu não sobreviver, vou sentir sua falta" e coisas do tipo, sem no entanto, explicar o motivo de todo aquele drama.

Era uma cena patética, sério.

O resto do dia, passei na sala de estar, sentado em uma poltrona e refletindo sobre algumas questões


Nada me tirava da mente aquele desabafo de Prússia sobre o ursinho. E se ele fosse importante?

Não sei o que se passou pela minha cabeça, mas me levantei e me aproximei da escada. Subi o primeiro degrau. Será que eu estava com medo? Sou uma nação, certo? Não há como morrer que nem os humanos... Certo?

Subi os próximos degraus determinado. Não sei por que um broche e um bicho de pelúcia poderiam ser tão importantes assim para um fantasma. Lembranças da mãe, talvez?

Isso...! Lembranças...

E se a única pessoa que a menina tinha na vida era a mãe dela? Se na casa do pai só tinha o colo materno, na casa do médico nem isso havia.

Com esse sentimento de angústia cheguei ao segundo andar e fui imediatamente ao quarto de Gilbert. Afinal o urso tinha aparecido la, certo? Vasculhei a penteadeira, o guarda-roupas, a cômoda... Nada. Então saí do local...

...Mas mal atravessei a porta quando a garota surgiu bem na minha frente

Foi uma sensação terrível. Impensadamente, girei os calcanhares e corri dali. Vi a menina voar atrás de mim como ave de rapina. Eu estava sem o broche e aquilo não fazia parte do plano.

Corri até meu quarto com a mesma velocidade de Itália Veneziano ao ver um batalhão inimigo, e me atirei com tudo na porta antes de entrar.

Claro que eu não estava seguro ali. Foi sorte que a garota não tivesse atravessado a porta para terminar o serviço. Talvez fantasmas não tenham senso de direção, não sei. Passei a procurar ali o ursinho. Nada nas cômodas, nada na penteadeira...

...Mas no guarda-roupas havia uma pequena caixa de madeira.

Abri-a, e lá estava o maldito urso. Só que não era cinza, era rosa.

Suspirei aliviado. Se minhas deduções estivessem corretas, então eu já teria com o que presentear o fantasma quando o reencontrasse.

Quando desci novamente as escadas, encontrei Elizabeth, o qual havia acabado de entrar na sala. Ao me ver no primeiro degrau, ela abriu a boca alarmada e correu em minha direção.

_ Áustria!

Hungria fez menção de tocar em meu rosto, mas segurei-lhe a mão como forma de dizer que não precisava se preocupar.

_ Estou bem... Só precisei pegar isso. _ mostrei a pelúcia _ Desculpe-me, mas não era algo que eu queria fazer acompanhado.

_ Não se trata de querer! Poderia ter se machucado!! _ Ralhou com certa potência na voz _ Por que não me pediu pra procurar isso?

Claro que eu conheço o lado agressivo de Hungria, éramos inimigos na infância. Por isso fiquei calado.

Quando o relógio apontou 23:30 hs, Inglaterra se uniu a nós, seguido de Prússia. Este último ainda estava com as pernas enfaixadas.

Percebi que os olhos de Gilbert focaram o urso que estava em minha mão assim que ele se aproximou de mim. Vi seus lábios se moverem de uma forma quase automática antes de perguntar:

_ Por que está segurando esse urso maldito?

Eu olhei para o objeto e suspirei:

_ Gilbert, encontrei isso... Enquanto ia pro meu quarto. _ Mordi o lábio inferior nesse meio tempo _ Sei que foi arriscado, mas é nossa segunda opção. Até porque, você comentou do urso, correto?

Ele ficou  em silêncio, me olhando de um jeito estranho. Parecia... Preocupado? Oh, não, não mesmo! Era mais fácil acreditar que Suíça tinha aderido à campanha do desarmamento.

_ Bom, já que estamos todos aqui, mais alguma palavra? _ Inglaterra perguntou.

Ninguém respondeu

Hungria foi na frente, já com o broche na mão:

_ Nunca tentem tocar nessa coisa _ Ela dizia enquanto subia às escadas _ Eu cheguei a ouvir gritos e choros que davam até medo.

_ Então realmente é da menina... _ Concluiu Inglaterra.

Uma vez no segundo andar, voltamos ao meu quarto, mas quando abrimos a porta vimos um cenário um pouco diferente. Parecia um quarto de criança, só que com um ar de assombro. Havia sangue nos cantos das paredes, bonecos com as cabeças arrancadas, arranhões na cama...

E bem na nossa frente, de pé, o fantasma.

_ Vocês trouxeram o que eu pedi? _ Ela apontou para os escritos na parede.

_ Sim. _ Eu respondi, aproximando-me dela e entregando o ursinho. Eliza entregou o broche.

Vi a menina sorrir em agradecimento. Por um momento, não consegui mais ver a figura medonha que nos ameaçava. Dessa vez só vi uma garotinha.

Então ela sumiu.

Tudo parecia ter acabado bem, mas de repente ouvi um grito de Inglaterra:

_ PRÚSSIA!

Quando Hungria e eu olhamos para trás, vimos que a garota havia se materializado na frente de Gilbert e o enforcava com fúria enquanto as pernas mantinham-se entrelaçadas em sua cintura. Começamos a gritar desesperados. Inglaterra e eu avançamos na agressora para tentar salvar a vítima e percebi que, estranhamente, a menina parecia sólida. Sólida como um cadáver gelado e viscoso, apertando com tanta vontade o pescoço de Gilbert que já estava deixando-o roxo.

Então Eliza acabou gritando de repente:

_ E sua mãe?! _ Ela desafiou _ Como reagiria vendo a filha desse modo, igual ao pai?! Pense nela pelo menos!!!

A garota foi atingida pelas palavras e imediatamente soltou Prússia, o qual caiu no chão sem forças. Eu a vi chorar atônita e depois voar até Elizabeth. Quis reagir, mas, ao contrário do que eu esperava, a garota começou a desabafar em lágrimas no colo dela. Não estava mais sólida.

Ouvimos aqueles soluços sufocados em meio às súplicas da menina, enquanto Prússia tossia buscando o ar e se colocava de pé com minha ajuda e de Inglaterra. Havia uma marca forte em seu pescoço, consequência da tentativa de estrangulamento.

Hungria consolava a garota como se fosse uma verdadeira mãe e talvez isso tenha sido o alento que a menina tanto precisava. Seu choro partia o coração, tanto que até Inglaterra, Prússia e eu esquecemos nossos medos e tentamos confortá-la xingando aquele pai e aquele médico desgraçados.

Por fim, a menina pediu desculpas e disse que não queria mais ficar sozinha. Queria ser livre daquele sentimento finalmente. Foi quando vimos o corpo dela brilhar e, em seguida, desaparecer aos poucos.

Antes de sumir eu vi o pequeno sorriso da garota. Acredito que agora ela poderá descansar em paz.

Quando tudo acabou, fiquei tão aliviado que senti que ia desmoronar.

Claro que fomos embora no dia seguinte. Que aventura, heim!

Quando cheguei à minha casa, apenas tomei um banho, me deitei na cama e fiquei a toa o dia inteiro.


Viagem a Paris - França e Mônaco


Bem, faz um tempo que eu voltei da França, mas queria contar uma parte da minha viagem. Em primeiro lugar: Sim, foi divertida. Num desses dias Francis e eu saímos juntos para um passeio pelo Centro Georges Pompidou e a famosa Catedral de Notre Dame. Claro que eu só faltava trazer a frase "sou turista" escrito na testa, o que me fez ser alvo de vários vendedores de suvenir. Claro, comprei.  

_ Oh, mon ami, está se divertindo, não?

_ Heim? _ Eu fui surpreendido enquanto olhava a bela catedral _ Ah,sim,claro. Eu já tinha vindo aqui muitas vezes, mas é sempre a trabalho. 

De repente o celular dele tocou e pela cara que ele fez, a ligação vinha de algum chefe.

_ É, o dever me chama.Você se importa se for pra casa sozinho?

_ Não, claro que não. Obrigado.

Ele sorriu e foi embora apressado.

Peguei um táxi e fui pra casa dele. 



Ao pisar no hall de entrada, acabei escutando a bela melodia do "Lago dos Cisnes" ecoando longíqua  pelos corredores. Por um instante, achei que foi idéia do meu anfitrião colocar aquela música como som ambiente, mas... Seria estranho. Não, não duvido do bom gosto de França, mas se aquela idéia fosse dele, então esse país havia se superado.

Segui a melodia a fim de encontrar sua fonte e acabei diante de uma das portas do longo corredor perolado do segundo andar. Abri a porta, bem no momento que vi a senhorita Mônaco, com colã, meia calça e sapatilhas de balé, fazendo um belíssimo passo de dança, que se assemelhava ao vôo de um cisne. Mas acho que eu a distraí, pois logo ela caiu no chão.

_ Au!

Ao ver isso, rapidamente me aproximei dela:

_ Hey, deixe-me te ajudar! _  estendi-lhe a mão _ Você está bem?

Ela me olhou por um tempo (provavelmente tentando lembrar meu nome) e inquiriu insegura:

Seigneur Autriche?

_ Sim. Você é... Senhorita Mônaco, se não me engano, não é?

_ Sim, mas pode me chamar de Charlotte... Ou Mônaco, se preferir.

Ela sorriu para mim e estendeu a mão para me cumprimentar.

_ Me chame de Roderich, Charlotte _ Respondi o cumprimento _ Então, eu estou passando alguns dias aqui, na casa de Francis. Eu e ele tínhamos saído, e cheguei antes. Bem, ouvi o som de piano e vim ver o que era, então lhe vi dançando. Você dança muito bem.

Ela corou visivelmente. Será que fui indelicado?

_ Obrigada. Eu... Eu ainda preciso aperfeiçoar meu Cisne Negro, ele não está muito bom e...

_ Não, está ótimo! Agora estou com vontade de tocar piano. Posso tocar pra você dançar se quiser.

_ Por mim, tudo bem! 

Fomos ao andar de baixo, que era onde estava o piano, e ficamos umas duas horas nesse dueto. Seus movimentos eram leves como broa e tão suaves quanto as próprias notas da melodia que eu tocava.


O resto da viagem foi melhor ainda. França passeava comigo e com Mônaco pelos pontos turísticos.

Primeiro visitamos o Palácio de Versalhes, mas como é localizada no subúrbio de Paris, demandou um pouco mais de tempo. No meio do caminho tomamos um sorvete e conversamos sobre coisas aleatórias, típico das viagens em grupo. 

Depois fomos ao Museu do Louvre. Claro, tivemos que enfrentar uma fila quilométrica para entrar e minha sorte que meus companheiros e eu éramos pacientes. Em um dado momento Mônaco bocejou atrás de mim e apoiou a fronte no meu ombro. Nada de mais, entendi que ela estava cansada (eu mesmo fiquei tentado a esperar sentado na calçada). Todavia, a espera valeu a pena. Não só porque ali estão algumas das obras de artes mais famosas do mundo (sim, "Mona Lisa, de Leonardo da Vinci" é uma delas), como a arquitetura do museu é simplesmente fascinante. Pena que não se pode tirar fotos.

Por fim, no meu último dia, os dois foram passear comigo pelas margens do Rio Sena. Sob um lindo entardecer, andamos pela trilha adornada pelas fileiras de árvores enquanto desfrutávamos da vista espetacular.

Estou em casa agora, passando as fotos da câmera digital. Francis cumpriu a palavra referente a não tirar fotos minhas nu, quase nu ou com roupas ridículas...

...Embora eu não saiba se isso conta.



Sorte sua que estou de bom humor ^_^'

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Viagem a Paris - A verdade sobre a festa de páscoa


Bem, como sabem, aceitei ficar uns dias na casa do França para relaxar. Pois bem, no primeiro dia passeamos pela Torre Eiffel, afinal não dá pra ir a Paris sem conhecê-la, certo? Acreditem, leva um dia para conhecê-la graças a imensa fila que existe para entrar.

Fiquei tão cansado que quando cheguei à casa dele, praticamente me joguei no sofá e folguei a gravata. Ele sentou-se ao meu lado, já carregando uma garrafa de vinho em uma das mãos e duas taças vazias na outra.

_ Tinto, da safra de 1990. Aceita? _ Ele me ofereceu.

_ Nem pensar. Depois daquela festa fiz um voto de sobriedade pelos próximos 5 séculos.

_ Ah, não vai me deixar beber sozinho, vai?

Eu e minha boa educação... ¬¬

_ Certo. Só um gole. Ah, não encha muito! Hm... Obrigado _ Degustei e me virei pra ele _ Aliais, vi fotos muito bizarras nos blogs do Inglaterra e do América... Também li o blog do Turquia... Sinceramente, não me lembro do que aconteceu em maioria delas. Achei até um vestido na minha casa e nem sei de quem é.

França riu.

_ É que vocês... Bem, nós estávamos beeem alterados. Do que você lembra?

_ Er... Só me lembro das coisas que narrei no meu blog.

_ Certo, então. Hm... Vamos ver. A festa foi depois de Prússia fazer a entrega dos ovos, então ele e Alemanha providenciaram mais de vinte barris de cerveja alemã. Eu providenciei os barris de vinho, Rússia trouxe muita vodka, Japão litros de sakê, América trouxe aquela cerveja barata chulerenta que vendem no país dele e Inglaterra trouxe praticamente todo o seu bar. Aí você já viu no que deu, né?

_ Imagino ¬///¬

_ Quando eu cheguei, vi Inglaterra cheio do conhaque brigando com Rússia cheio da vodka. Então Prússia agarrou a cintura do Ivan e Japão abraçou aquele russo pelas costas. Claro que o Alemanha ficou furioso com aquilo e resolveu tentar tirar Kiku de la enquanto Itália ficava se pendurando nele.

Ah,vale dizer que isso foi antes de você, Hungria e Prússia fazerem a pose de Dragon Ball Z porque América sempre quis tirar uma foto muito legal daquele anime.

Obrigado por esclarecer -_-

De nada ;D Bem, aí o Grécia começou a tirar toda a roupa e quando eu perguntei por que ele fazia isso, ele respondeu que estava com calor. Então eu disse "Que coincidência! Tanto vinho me deixou com muito calor também!", e comecei a tirar toda a roupa. Tirei tudo, menos as minhas orelhas de neko e minha rosa =3

Nessa hora Kiku já tinha sido expurgado de perto do Rússia, e Alemanha passava agora a tentar tirar Prússia, que insistia em querer ser um com Ivan. Seychelles apareceu vestida de coelhinha da Playboy... E que fique bem claro que aquela fantasia ficou muito boa nela... Oh, sim, muito boa... Em todos os sentidos e...

_ Pare de divagar e conte logo o resto! òo

_ Tudo bem, tudo bem... Certo, então. Hm... _ Ele encheu novamente minha taça.

Heracles começou a tirar a roupa do Kiku! Foi uma cena de tirar o fôlego!! As câmeras que Hungria e eu implantamos na casa do América capturaram tudo, mas Arthur já deve ter dado fim nisso.

De repente Turquia chegou e ao ver a cena foi pra cima do Grécia para tirar satisfações, mas o Heracles estava tão bêbado que começou a xingar quase dormindo. Ele balançava pra trás e pra frente e quando pensávamos que ele ia cair no chão desmaiado, ele agarrou o pescoço do Turquia e tombou junto com ele no chão. Achávamos que ia sair um beijo. Aí Kiku se empolgou e usou a katana para retalhar a roupa do Sadik dizendo que agora sim eles estavam de acordo com a civilização grega.

_ Sadik não contou com todos esses detalhes no blog dele -.-

_ Eu sei. Hihih!

"Então meu adorável Canadá teve compaixão e emprestou uma sunga do América pro Turquia. Sadik conseguiu se livrar de Heracles e... Começou a beber também XD Aí o Inglaterra, que já estava pra la de bêbado, subiu na mesa e gritou para todos nós fazermos que nem os gregos. Ele começou a tirar a roupa até ficar só com um avental preto"

"Depois o Prússia apareceu com uma outra roupa de coelhinha que a Seychelles tinha trazido e disse para o Inglaterra tirar o avental e colocar uma máscara com a cara do Sealand que ele havia trazido para tapar o essencial (sorte que o Fin e o Su-san saíram antes). Inglaterra aceitou e depois eu desenhei a cara do América na barriguinha dele porque eu achei fofo ;D"

_ Ah... ò_o Peraí, e como foi que EU tirei a roupa? Oo

_ Você começou a reclamar da pouca vergonha, então Prússia lhe chamou de aristocrata careta. Haha! Você tava tão bêbado que aceitou a provocação e começou a tirar a roupa pra mostrar que era descolado.

_ Aquele protótipo de nação... Ù///Ú

_ Hihi! Então eu disse pra você, Japão, Inglaterra e Prússia se aproximarem pra eu tirar uma foto. Só que o Alemanha chegou com um vestido de MAID e ofereceu cerveja pra todo mundo.

Perguntamos por que ele vestiu aquilo e ele disse que enquanto brigava com Ivan, Bielorrussia agarrou ele por trás, colocou uma mão por baixo da camisa dele e ameaçou ele com uma faca. Cá entre nós, ela só não o violou porque Ivan disse que se isso acontecesse, Alemanha teria que casar com ela. Então Bela mudou de idéia. Ela obrigou Alemanha a se vestir de MAID e tentou violar o Russia! Ivan ficou em pânico e quando América começou a rir e dizer que ajudaria com o casamento, Russia começou a correr atrás dele com o cano, ameaçando quebrar a heróica cabeça dele. Foi nessa hora que o cachecol caiu.

_ E como foi parar no pescoço de América?? oõ

_ Ah, foi um ba-ba-do! A Lady Gaga tava na festa e.. E ela notou o Canadá!! Na verdade ela ficou LOUCA pelo Canadá.

Bem, quando Bielorrússia conseguiu pular em cima de Rússia e derrubá-lo no chão, América começou a gargalhar apontando pro casal. Depois ele se virou e deu de cara com a Lady Gaga, que tinha achado o cachecol do Russia no chão. Ela enrolou o cachecol no pescoço do Al e começou a encher todo ele de beijos com aquele batom vermelho chocante que o Polônia tinha emprestado pra ela. Alfred começou a rir e disse: "Não, moça. Eu sou o América. O Canadá ta ali, ó!" E ela saiu correndo atrás do Matthew.

Ah! A calcinha vermelha é dela ;D

_ Ah. =/ Isso explica muita coisa -.-

_ Bem, enquanto isso enquanto isso, China chegou possesso e deu uma panelada em todo mundo, dizendo que estavam se aproveitando da pureza de Japão. Aí o Alemanha disse que adorou se vestir de MAID e  convenceu você,  Prússia, Japão, Itália e até América e Canadá a colocarem vestidos também. Ficaram tãããão fofos que Hungria arrumou alguns de vocês para tirarem uma foto artística!


Fiquei tão feliz por Canadá ter saído na foto *-*

Canadá? Oõ Achei que era uma visagem!

Então Lady Gaga é espectrófila =D Quando ela viu ele de vestido, o sequestrou e não o vi mais ^^ Acho que ela o amarrou com uma corda ou algo assim. América deixou o cachecol de lado para colocar o vestido então eu o coloquei no meu pescoço.

Ah -.- E vem ca, Inglaterra tinha se vestido? oõ

Depois da panelada de China sim, mas ele se sentiu desconfortável e tirou metade dessas peças depois ^3^


_ Bem, Kiku foi o primeiro a se livrar da roupa porque ele resolveu se vestir de juíz para arbitrar uns pegas uma luta entre Grécia e Turquia. Que fique bem claro que todos os cosplays da festa foram idéias da Hungria...

_ Peraí... Então eu fugi com o Russia... Usando um vestido???

_ Heim? Oh, oui, mon amour! Você deve ter tirado o seu quando chegou à sua casa e não se lembra ^^

_  Quero sumir óõ

_ Hahaha! Bem, por isso Inglaterra chamou você de rainha Elizabeth. Então eu fui lhe salvar, claro.

_ Você foi apalpar o Arthur, isso sim. ¬///¬

_ Talvez um pouco. Mas Japão chegou e agarrou um braço de Inglaterra. Ele estava sem a roupa de juíz... Na verdade ele estava só de cueca e meias. Pra completar o América chegou jogou meu Arthur por cima do ombro para levá-lo embora.

_ Oh, sim! Disso eu lembro! E como foi que vocês pararem na mesma cama?

França ficou calado por um tempo.

_ Mais vinho, Rode?

_ Ah... Sim, claro. Nossa, essa garrafa já secou?!

_ É um vinho tão bom que a gente nem percebe quando acaba, não? Então... Foi uma coisa bem engraçada o que aconteceu na cama, sabe? Quando chegamos ao quarto, Japão se jogou no América para que ele soltasse o Inglaterra, mas acabou que América perdeu o equilíbrio e os três caíram em cima do colchão. Aí eu me joguei no montinho também, né? Ou acha que eu ia perder a oportunidade? XD

_ Que... Que... _ Eu tava vermelho demais pra falar. Ah, e o vinho tinha culpa nisso -///-

_ Bem, quando Inglaterra abriu os olhos e viu todo mundo em cima dele ele... Haha! Ele começou a rir! A gargalhar, na verdade. E fez isso de uma forma assustadora, sério, mas... Sei la, meu Arthur é tão fofo rindo que nem um maníaco. América e eu acabamos rindo também e depois até Kiku riu.

_ Ou seja. Quatro retardados rindo por nada -_-

_ Basicamente ^^ Aí América sugeriu jogarmos um strip poker. Arthur e eu aceitamos, mas Japão disse que não porque ainda não conhecia as regras e estava só de cueca e meias. Então eu sugeri um streap teaser e... Eles aceitaram!! Foi tão emocionante!! O primeiro a dançar fui eu.

_ Mas você só estava com as orelhas de neko, o cachecol do Russia e uma rosa! Ò///o

_ Eu tirei o cachecol e a rosa, né? ;D Dancei "i'm so sexy for my love" e recebi aplausos! Depois Japão começou a dançar "Paparazzi"... Um clássico, claro. Foi uma gracinha ele em cima da cama tentando tirar as meias e nós três sentados lado a lado. Teve uma hora que ele caiu em cima do Inglaterra e os dois viraram um pimentão. Hihihih!

Depois foi a vez do América dançar. Ele se despiu ao som de "Bad Boy". Vou lhe contasr, apesar dele ter ficado só de cueca e não levar o menor jeito pra coisa, eu tive o prazer de ver aquele físico musculoso que meu Deus do céu! Só não pude pensar mais coisas porque o Arthur me deu um cascudo. Que coisa feia! Ele não é mais bebê! Aloou!

_ ¬¬

_ Depois foi a vez do Inglaterra dançar.  Ele dançou "Like a virgen" pra gente! *o* E ele dança bem, sabe? Meu nariz sangrou e filmei tudo no meu celular.  Aí começamos a  dançar juntos em cima da cama e depois resolvemos MÔNACO!!

Eu quase pulei pra trás quando Francis gritou.

_ Vocês resolveram o que? _ Perguntei confuso.

Então vi uma moça parada à porta. Era Mônaco, a irmãzinha do França.

_ Er... Ola, Moniquinha! O que anda fazendo ouvindo a conversa do irmãozão, heim? _ Francis estava muito sem jeito.

_ Acabei de chegar. Estava no recital de balé.

Eu me levantei (e foi quando percebi que aquele vinho era muito forte) e cumprimentei-a cordialmente

_ Boa noite, senhorita Mônaco. No momento estou me hospedando aqui. Espero que não se importe.

_ Oh, não. Claro que não. Seja bem vindo.

_ Obrigado. Bem... Estou um pouco sonolento. Acho que vou dormir.

_ Sabe onde fica seu quarto, Áustria? _ França me perguntou _ Sabe como dizem, o vinho francês chega a nos confundir.

_ Ah. Não se preocupe, eu sei qual é. Obrigado e boa noite.

Bem, por enquanto é só. Acho que já teve história suficiente.

Só sei que quando eu acordei, França já estava com a câmera em mãos.