terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Visita a Kiku

Feliz ano novo a todos. Vou poupar detalhes sobre a festa de reveillon porque quem leu o blog de Prússia e Itália já sabe o que aconteceu. 

Ainda porque minha mente está totalmente alheia aos acontecimentos da festa;

Ontem a noite, decidi fazer uma visita a Kiku para agradecer pessoalmente aos presentes. Ainda eram 19 horas, então achei que não haveria problemas. Quando toquei a campainha, ele "surgiu" atrás de mim.

_ Áustria-san?

_ Você não estava la dentro? _ A pergunta simplesmente havia saltado de minha boca, e quando percebi o quão idiota aquela indagação era, contive a vontade de fechar os olhos e bater em minha própria testa _ Digo, perdão por incomodá-lo. Eu vim apenas agradecer pelo presente.

_ Está tudo bem, Áustria-san. Entre. Vou fazer um chá.

Entrei deixando os sapatos na entrada da casa como de costume. Não perguntei ao meu anfitrião por que ele estava andando pelo jardim àquela hora, seria indelicado, mas eu estava realmente curioso. Havia uma câmera bem antiga, rústica, nas mãos dele. Também não fiz nenhum comentário a respeito disso.

Kiku foi até à cozinha fazer o chá e disse pra eu ficar à vontade.

Sabe aqueles momentos em que você está sozinho na casa dos outros e não sabe exatamente o que fazer, então fica observando as coisas? Pois bem, eu resolvi observar os livros da estante. Enquanto fazia isso, tive a leve impressão de que algo havia saído do lugar. Não sei explicar ao certo o que aconteceu, mas quando olhei para o lado, vi um livro preto fora da fileira. 

"Himuro". Era o que estava escrito na lombada.

Peguei-o e comecei a folheá-lo. Para a minha surpresa era... *Sente um mal estar* Fotos de paisagens sombria e... *Mal estar aumenta* Semelhante aquelas fotos com coisas que lembram fantasmas...


Crash! 

O barulho de algo caindo no chão e se quebrando em mil pedaços me trouxe de volta à realidade. Levei um tremendo susto, isso sim! Olhei para trás e vi Kiku olhando para mim, para o álbum e para a bandeja, como se tivesse que decidir o que faria primeiro: Arrancar o objeto das minhas mãos ou juntar o jogo de chá que ele deixou cair.

Fechei então o livro e me dispus a ajudá-lo.

_ Está tudo bem?

Ele abriu um sorriso:

_ Hai. Áustria-san, pode me dizer por que estava vendo aquilo?

_ Ah, isso. O álbum estava saliente em sua estante. Eu pretendia arrumá-lo, mas senti vontade de folheá-lo. Algum problema?

_ Problema? Não, não, nenhum problema. Você gosta de chá preto? Eu conheço uma boa receita.

_ Chá preto?! Bem, eu realmente aprecio, mas...

_ Isso é muito bom. Ficarei muito feliz em ensiná-lo a fazer um bom chá, Venha comigo.

O resto da noite passamos fazendo chá preto e falando sobre receitas em geral. Até trocamos algumas e no final, acabei indo embora. Não comentei sobre o hábito excêntrico de meu anfitrião por educação, mas confesso que ainda estou impressionado.