quarta-feira, 18 de julho de 2012

Caixa, casamento... E problemas



Quem andou lendo o blog do Suíça e do Prússia, deve saber que Vash ganhou uma caixa sabe-se la de quem. Pois bem, fui visitá-lo para que ele consertasse a arma que ganhei na barraca de tiro e acabei percebendo o incômodo dele em relação ao pacote. Chegou a dizer que andava tendo pesadelos desde que a caixa havia chegado.

Muito bem, três dias depois voltei para a casa de Vash e Lily para pegar a arma (e por sinal, Prússia, Malvinas e Jeanne estavam la. Não perguntem por que) e decidimos abrir a caixa de uma vez. E como a curiosidade matou o gato, acabamos desmaiando e fomos acordar num mundo totalmente estranho. Não. Não estávamos na Wonderland.

Havia labirintos, portas, armadilhas, sombras e um fantasma de uma menina chamada Ciky que queria  acabar com a nossa existência. Ela estava enfaixada e só dava para ver um dos olhos de fora, sinal de que fora bastante sequelada em vida.

Ahn... Não vou contar os detalhes, mas conseguimos recuperar o lado humano da menina, a qual finalmente pôde voltar ao normal. Hm... Ela pediu que déssemos um nome a ela, já que Ciky era um prenúncio da morte. Jeanne então a batizou de Katy, um nome diminutivo do nome pertencente à irmã dela.

Claro, saímos da caixa e estamos aqui.




Uma vez cessada essa confusão, lembrei que tinha que comprar o presente de casamento de Argentina e Romano. Feito isso, fui visitar Martin e ver como estão os preparativos para a cerimônia e o encontrei mais nervoso que França no dia de seu casamento com Canadá. 

Argentina escolheu como padrinhos França e Canadá. Romano escolheu Itália e Liechtenstein. Argentina entrou acompanhado de Seychelles e Romano de Grécia. Turquia celebrou a cerimônia. (Não perguntem²). A cerimônia foi muito bonita e a única confusão que teve é que na hora do beijo os noivos se esqueceram que ainda não estavam na lua de mel. Sem falar na briga pelo buquê e... É, é confuso demais explicar.

Enfim, meus parabéns aos noivos. Aqui está meu presente.


Achei que essa réplica combinaria com o casal
Hm... Katy estava hospedada em minha casa, mas ainda tinha assuntos pra resolver. Nos últimos dias descobrimos que o irmão dela era prisioneiro da caixa e agora estava livre. Ele foi o responsável por ela ter terminado naquele estado e fez isso porque a mãe morreu pouco depois de tê-la, fazendo-o acreditar que o nascimento da irmã foi um erro... Coisas de humanos.

Fiquei sabendo disso nesses últimos dias. Aliais, foi quando encontrei uma pessoa muito familiar.



Francoise Bonnefoy
Eu a reconheci das fotos que encontrei na casa de França quando ia visitá-lo. Francoise também é França... A irmã de Francis, na verdade.

Mal nos encontramos e tivemos que lidar com outro problema. Como eu disse, o irmão de Katy havia saído da caixa. Agora ele queria destruí-la e nem preciso dizer que pra isso houve uma briga. Felizmente a discussão acabou e... Bem, não é que os irmãos fizeram as pazes, mas pelo menos um não quer mais destruir o outro.

Isso é tudo. Parece que teremos outro casamento em breve: Austrália e Escócia. Depois disso é só se preparar para as olimpíadas.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Eurocopa, casamento na roça e a "caixa"

O continente europeu mais uma vez entrou nessa paranoia da Eurocopa. Eu nem vou falar do meu desempenho porque todos conhecem minha... Inclinação para o futebol. Mas enfim... ¬///¬


Os últimos momentos foram os mais... Hm... Dinâmicos. Nas primeiras semifinais disputaram Espanha e Portugal. Um jogo difícil que teve que ser decidido nos pênaltis. Confesso que Antônio anda tendo muita sorte nesses campeonatos, mas Afonso foi um adversário que lhe deu trabalho como sempre

A segunda semifinal foi entre Alemanha e Itália, com a vitória de Feliciano e Lovino por 2 a 0. Meus parabéns aos gêmeos *Estava torcendo contra os alemães*

Claro que esse assunto não seria nem um pouco interessante pra mim se não fossem as consequências que esse resultado trouxe. Prússia levou tudo para o lado mais dramático e agiu como se tivesse perdido a Quarta Guerra Mundial, já que Alemanha tinha feito a promessa de que eles conseguiriam vencer a Eurocopa (Pare de fazer promessas quando bebe, Ludwig). Portugal, por sua vez, aceitaria ter perdido para qualquer um, menos para Espanha.

O resultado disso foi Prússia e Portugal juntos, bebendo até ter certeza de que o fígado de cada um foi reduzido a pó, xingando o mundo como um todo e, por fim, planejando uma macumba para Espanha perder a final.

Como eu sei disso? Antônio me ligou dizendo que Afonso chegou em casa com meia garrafa de vodca e contou tudo o que aconteceu. Juntei isso com a postagem do blog de Gilbert. 

Enfim, parece que Espanha ganhou da seleção italiana nas finais, então... Meus parabéns, Antônio.


Deixando os assuntos futebolísticos de lado, Brasil deu a ideia das nações improvisarem um arraial e todos aceitaram. Roma fez uma barraca do beijo, Austrália foi o delegado, Bulgária montou uma barraca de doces, Vash uma de tiro ao alvo... 

E por falar em Vash, fui visitar a barraca dele por curiosidade e acabei recebendo de Gilbert um porta-celular em forma de pintinho que ele ganhou no tiro ao alvo, mas não queria porque Gilbird ficaria com ciumes. Fiquei tentado a pagar uma rodada de chances para Suíça e ver se eu conseguia ganhar algo melhor.

Digamos que... Hm... Não me dei bem nos três primeiros tiros (errei todos) e paguei uma segunda rodada. Para minha surpresa e por muita sorte consegui ganhar o prêmio especial. Uma pistola alemã muito antiga.

Nesse momento, fui surpreendido ao me convidarem para ser o noivo de um casamento na roça, já que todo o bom arraial tem um. Noivo da senhorita Bélgica, por sinal. Acabei aceitando, mas o casamento não se realizou porque sequestraram a noiva duas vezes.

A senhorita Anri está bem agora, mas deixamos o casamento de lado.


Dei a capa de celular em formato de pintinho para Kugelmugel e fiquei com a arma. Ocorre que notei que quando disparei com ela, a mesma quebrou. 

Fui à casa de Vash pedir que ele consertasse a arma e para a minha surpresa fui bem recebido ele estava calmo demais. Esta bem, continuava com aquele mal humor permanente dele, mas havia algo estranho. Contei sobre a arma e pedi que ele a consertasse para mim. 

Nesse momento, notei que os olhos dele se moveram até focar uma caixa no canto da sala. Perguntei se estava tudo bem e ele afirmou que sim, concordando, em seguida, em consertar minha arma em três dias.

Ao sair da casa de Vash, perguntei se ainda tinha meu número e ele disse que sim. Falei para ligar se precisar.

Bem, isso foi o que aconteceu ultimamente. Fim do Eurovision, fim da Eurocopa... No final de julho teremos as Olimpíadas de Londres. Imagino que Arthur está tendo muito trabalho na casa dele e terá mais ainda com a nossa visita.


Ah, sim... Hm... Melhor aproveitar a oportunidade para presentear os aniversariantes de junho.

Dinamarca


Hungria


Seychelles

Saco de dormir

E o aniversariante de julho: Canadá

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Coisas aleatórias


Hora de tirar a poeira desse blog. Estive tão ocupado compondo minha nova rapsódia e resolvendo problemas internos que acabei até esquecendo os ovos da páscoa. Agora o período já passou e não vale a pena entregá-los, claro. Fica para o próximo ano, ou não.

Sobre o Eurovísion... Hm... Está bem, no começo não concordei com o fato de levarem uma dupla de Hip Hop para me representar... Especialmente com uma música chamada  "Woki Mit Deim Popo" com direito à dançarinas de pole dance fazendo jus à coreografia. Mas... Certo, eu reconheço que apesar de ficar apenas nas semifinais, Trackshittaz, conseguiu bastante admiração do público... E... Digamos que fazer rimas com reiterados refrões, usando camisa com capuz ao lado de dançarinas de pole dance foi até... Hm... Divertido.

Mas isso não significa que você tinha direito de ficar tirando essas fotos, Kiku

Depois do Eurovision 2012, achei que seria interessante ficar longe de tanto barulho e viajar pelo mar por conta própria. Era pra eu chegar ao Caribe, mas de alguma forma acabei parando nas Ilhas Malvinas. Fiquei por la então, na casa de Falklands, também conhecido como Anthony Kirkland.

Fique longe de Turquia, Bulgária e outros pedos de plantão, rapaz.
Eles são casados, mas nunca se sabe.

Cheguei la em um momento bem inoportuno, pois havia uma discussão pela paternidade dele, envolvendo basicamente Inglaterra, Argentina, Prússia e... Acho que só. Basicamente, Falklands reconhece Inglaterra como mãe, muito bem, obrigado. Mas Argentina e Prússia também tiveram participação no seu crescimento. Não sei por que uma conversa dessas em pleno século XXI, mas acredito que deve ter influência de alguma rodada de bebida que circulou antes da minha chegada e_ê

Quando cheguei, o debate havia se iniciado. Falklands correu para o meu lado (mesmo que mal nos conheçamos) enquanto a discussão se prosseguia. Não vou entrar em detalhes, mas o garoto concluiu que Argentina era seu pai e Prússia e Inglaterra suas mães. Os dois últimos começaram a protestar por causa do título maternal, e como o mais insistente foi o Inglaterra, apenas ele conquistou o título de pai. Apesar d'eu achá-lo mais maternal que Prússia... E olha que Prússia é menos viril que Hungria.

Então a árvore dele ficou mais ou menos assim: Papai Inglaterra. papai Argentina e mamãe Prússia. Como Romano está com Argentina, ele também é mãe do garoto. Esqueci alguma coisa? Hm... Sim, até agora não se sabe se América é irmão dele, tio ou padrasto (por causa de Gilbert), mas... Certo, isso está bem confuso e não vale a pena discutir.

Enfim, depois que a confusão passou, resolvi ficar por aqui, na casa do jovem Kirkland, aproveitando um pouco a paisagem. Quem sabe consiga inspiração para concluir minha rapsódia.

sábado, 31 de março de 2012

Presentes de casamento e aniversários

Já faz um tempo que voltei da Disney. Pra falar a verdade, foi logo depois do casamento de Turquia e Grécia, que aconteceu no dia 24 de março. A cerimônia foi muito bonita e a festa... Também, mas pena que ela terminou cedo, pois os noivos fugiram logo para a lua de mel.

Quanto ao casamento, resolvi dividir as despesas do presente com Itália. Decidimos formar um pacote com 3 diárias num hotel em Veneza e 3 diárias num hotel em Viena. Como fiquei de arcar com os custos da estadia em Viena, escolhi a suíte executiva do Grand Hotel Wien. Espero que os noivos gostem.



Também fiquei encarregado de entregar os docinhos e os bem casados da festa. Tirei uma foto antes de mandá-los à recepção.

Os docinhos

Os "bem casados"
Como eu havia comprado ingredientes demais, resolvi usá-los para dar o presente atrasado dos aniversariantes... Er... Desde janeiro até hoje.

Então ai vão. São todos mini-bolos. Logo a encomenda chegará até vocês.

Prússia
Grécia

Japão

Espanha

Itália Veneziano

Itália Romano

Acho que é só. Parece que terão mais dois casamentos (Argentina & Romano e Austrália & Escócia), mas começarei a pensar nos presentes quando resolverem ao menos marcar a data.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Off: Um ano de blog



 Quem diria... Acabei de fazer um ano.

Se clicarem na única postagem de março de 2011 desse blog, perceberão a emoção que estou sentindo. Eu não gosto de misturar os assuntos do on com os da off, mas não dá pra ignorar tudo o que passamos, não?

Alguns se foram, outros entraram, outros voltaram... Passei por momentos muito felizes e também tristes. Chorei de rir... Ri para não chorar... E assim as coisas caminharam. A vida é assim mesmo. Tem a hora dos violinos e a hora dos tambores, como dizia Ivan Ângelo.

Eu poderia dar uma mensagem a cada um de vocês, mas receio que isso tornará esta postagem enfadonha e repetitiva. Por outro lado, não consigo descrever o que sinto agora. Alguns já sabem que por motivos pessoais não planejo ficar um segundo ano nessa equipe, mas nunca se sabe, não? Os acontecimentos surgem, as ideias mudam e os planos se tornam desnecessários.

Bem, é isso... Agradeço a todos que de alguma forma tem carinho por mim, e apesar de alguns acontecimentos, minha estadia aqui valeu a pena. 

Hm... E agora, para não terminar as coisas aqui, resolvi elencar meu top 5 de acontecimentos marcantes desse blog.


Festa de páscoa

Aula de piano
Problemas de chibi

Aniversário do on

Valentine's day

Obrigada a todos por tudo. Adoro vocês.


quarta-feira, 14 de março de 2012

Disney e Whithe day


Pelo visto minhas postagens estão frequentes...

Bem, serei breve dessa vez. Alfred convidou a mim e a muitas outras nações para passear pela Disney, então no momento me encontro hospedado no  Walt Disney World Dolphin. Hm... Para quem não sabe, é esse lugar aqui. 


O passeio está sendo bastante divertido, confesso. Mesmo com as montanhas russas que tive que passear e... Céus, as cabines daquela roda gigante balançam mais do que eu previa... Mas a paisagem em si é bela, bem como atrações, como "A Bela e a Fera no gelo", o qual eu tive o prazer de assistir com a senhorita Lily.

Bem, mas o motivo de postar hoje é para avisar que hoje é o White Day, então estou mandando cookies a todos que me mandaram chocolates no Valentine's day. Espero que gostem. Eu mesmo que fiz.


Isso é tudo. Auf Wiederhören.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Valentine's Day e Carnaval em Veneza


Acabei de chegar à minha casa, e minha estadia em Veneza foi bastante agradável. Falo, na verdade, do dia de São Valentim. 


Naquela manhã, fui acordado pelo barulho da porta de meu quarto se fechando e pude ver Itália segurando uma bandeja com café da manhã. Um bem elaborado, vale dizer. Tinha cornettos com geleia, capuccino, além de um raminho de flores azuis, um canudo de papel e, claro, os chocolates.

Buono San Valentino, Áustria-san!

Fiquei admirado com o presente. Itália colocou a bandeja na cama e se sentou ao meu lado. A mesa estava tão bem organizada que parecia um crime tirar qualquer coisa do lugar. Meu espanto, todavia, fez aquele sorriso desmanchar:

_ Vee~ Não gostou? _ Ele indagou tristonho, mordendo um cornetto.

Olhei para ele e ao me deparar com aquela expressão peculiar, acabei deixando escapar uma sutil risada. Aquilo acabou fazendo-o rir também.

_ Eu gostei da surpresa, Itália. Só estou surpreso. _ Servi o capuccino para nós dois _ Danke

O canudo de papel nada mais era do que a partitura da Serenata de Haydn, a qual Itália queria que eu a executasse no piano como presente de Valentine's day. Para isso, tínhamos que ir a um conservatório na cidade. Aceitei, ainda mais porque fazia tempo que eu não tocava um piano.

Terminamos o desjejum e nos arrumamos para ir ao conservatório. O local de destino estava aberto e la estava o piano. Sentei-me, dei uma boa olhada no instrumento e posicionei meus dedos, esperando Itália se acomodar num banco. Quando ele o fez, executei a melodia.



E assim que terminei, Feliciano aplaudiu.

_ Vee~ Obrigado, Áustria-san. Esse foi o melhor presente que eu poderia ter recebido!

A manhã poderia ter terminado ai, mas sabe aquelas vontades que surgem de repente? Aquelas que não se sabe de onde elas vieram nem qual finalidade tem? Pois bem, digamos que eu tive uma dessas.

_ Aceita tocar comigo? _ Perguntei.

Obviamente, Itália ficou surpreso. Pude ver aqueles olhos ambarinos bem abertos, por sinal. Eu disse que ele não precisava se preocupar, uma vez que conhecia o piano melhor do que eu (A realidade é que meu instrumento favorito é uma criação dos irmãos Itália's), e assim começamos a tocar outra melodia: A Serenata de Schubert.

No começo Feliciano se sentiu inseguro e tive que acompanhar seu ritmo, mas depois entramos em sincronia e a melodia seguiu livremente pelos nossos dedos. Fechei os olhos e prossegui nas notas, sinal de que a música realmente me envolvia. Itália também parecia ficar mais a vontade a medida que tocávamos... Embora eu notasse que havia alguma coisa errada.

As últimas notas foram tocadas e quando terminamos, olhei para o lado e notei meu anfitrião estranhamente cabisbaixo. Havia lágrimas fracas em seus olhos e suas mãos estavam trêmulas, o que me deixou um pouco preocupado.

_ Feliciano, está tudo bem?

Ele pareceu voltar a si, enxugou as lágrimas e assentiu sorrindo:

_ Ne, eu tentei fazer surpresa, mas acho que no fim é você que está me surpreendendo. Eee... Como é que consegue fazer isso, Áustria-san? Você também assiste a esses programas que ensinam a fazer surpresas? _ Perguntou, e rapidamente se levantou e passou pela porta para buscar alguma coisa.

Minutos depois, voltou com um lindo ramalhete de flores azuis.

Eram miosótis
Ou ...
"Não se esqueça de mim"

Ergui as sobrancelhas impressionado.

Reza a lenda que um cavaleiro, tentando alcançar uma flor para oferecer para a sua companheira, por conta do peso da armadura, caiu em um rio e se afogou. Triste, sua amada pediu que para onde quer que as águas o levassem, que ele nunca se esquecesse dela.

Outra, essa um pouco menos romântica, conta que Adão deu nome a todas as flores, mas se esqueceu desta. Então, para compensar o esquecimento, deu o nome de miosótis.

_ Áustria-san _ meu anfitrião falou timidamente ao me entregar o ramalhete _ Apesar de tudo, serei sempre o seu Itália, ne?

Aquilo realmente havia me deixado sem palavras. Então era assim que Itália se sentia? Esse era o motivo de suas lágrimas?

"Não-te-esqueças-de-mim".

Deixei o ramalhete no banco do piano e me aproximei do meu antigo tutelado para segura-lhe o rosto.

_ Você não precisa ser "meu Itália" pra eu me lembrar de você, Feliciano. Estarei sempre por perto... Porque você é importante pra mim.

Vi os olhos dele se abrirem mais e sua face corar. Em seguida, para meu espanto, ele se jogou no meu abraço. Senti-me tão estranho que minha única reação foi retribuir e afaga-lhe os cabelos. Em meu porão de lembranças há muitas voltadas para Itália. Boas e más. Todas muito importantes.

_ Eu nunca me esquecerei de você. Não se preocupe quanto a isso. _ Senti-o esconder o rosto na curva de meu pescoço _ Eu realmente fiquei surpreso com o presente. Danke.

Ouvi o riso curto dele antes de voltar a olhar para mim:

_ Mesmo? Eu também fiquei muito feliz com o presente que Áustria-san me deu.

...

Certo, acho que estou dando detalhes demais do dia. ùu

Enfim, quando voltamos pra casa, finalmente dei os chocolates dele. Esqueci de perguntar qual era o significado dos meus chocolates, mas pelo que li no blog de Feliciano, eram tomo chocos. A noite, no entanto, o passeio foi totalmente diferente. Fomos para Bella Vienna e de alguma forma que ainda não consigo explicar, terminei dentro de uma boate. Isso mesmo, uma boate. Isso explicava Itália ter pedido para eu usar trajes mais usuais.

E mais estranho que me ver numa boate foi ter que testemunhar meu anfitrião bêbado... E, como toda pessoa longe da sobriedade, esqueceu-se de uma coisa chamada "limite".

Assim terminou meu Valentine's day.

Quanto ao carnaval, hm... Bem, foi feito um baile de máscaras em Veneza e escolhi a do III Dottore porque as outras pareciam comuns demais. Infelizmente, acabei não aproveitando tanto quanto os outros. Não sei explicar, acho que fiquei tão acostumado à companhia de Itália que acabei cometendo o grave erro de esperá-lo ser liberado dos trabalhos de anfitrião, o que acabou não acontecendo... Ao menos não até o fim das valsas. Resolvi então ir pra casa mais cedo, e me deparei com Sadik e Herakles passeando numa gôndola, mas enfim, isso não vem ao caso.

E para completar, meu chefe me ligou no mesmo dia, mandando-me voltar para Viena para tratar dos assuntos da crise. Ela não está tão séria em minha casa, mas já está causando aborrecimentos e é melhor eu me cuidar se não quiser parar em um hospital. O chamado foi tão urgente que tive que pegar a primeira passagem de volta... E pelo visto vou ficar aqui até as coisas se resolverem. Talvez na véspera do White day eu arranje uma folga, já que preciso providenciar alguns cookies.

Quanto às minhas miosótis, agora elas se encontram em um vaso, ornamentando minha sala de música.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Valentine's Day

O período relativo ao Carnaval de Veneza chegou, e é onde estou no momento. Mais especificamente, na casa de Itália.

E o dia de hoje é bem tumultuado entre os países. Valentine's day, o feriado em que as pessoas já endividadas preferem gastar dinheiro dando chocolates ao invés de guardarem para algo mais útil. Confesso que eu não queria participar disso porque, até onde eu sei, são as moças que fazem chocolates e os rapazes apenas recebem. O problema é que não se fala em outra coisa no continente europeu e Itália conseguiu me convencer a participar da brincadeira.

Japão me contou que cada chocolate tem um significado. Family choco são para os parentes, tomo choco para os amigos, giri choco para os conhecidos e honmei choco para uma pessoa mais especial. Hm... Japão me falou algo sobre uke dar chocolates pra seme, mas disse que estou solteiro e, por essa lógica, não tenho por que dar chocolates a ninguém. Então ele me aconselhou a não dar homnei choco e esperar pelo White day, que será dia 14 de março.

Bem, ai vão meus chocolates.

Giri chocos

Bombons recheados com trufas para França, Roma,Turquia, Grécia, Vietnã e todos os países que não mencionarei adiante.

Family choco
Chocolates coloridos para Kugelmugel

Tomo choco

Carros para Alemanha

Tartarugas para Espanha

Rosas para Hungria

Sakuras para Japão

Bombons decorados para Liechtenstein

Passarinhos para Prússia

Arma com balas para Suíça

Bombons de chocolate com sorvete para Itália

Esses foram os chocolates que entreguei. Depois contarei como foi o meu Valentine's Day aqui, em Veneza.

Até mais.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O mistério da mansão Himuro


"Áustria-san
Andei pensando melhor e talvez possa me ajudar. Se o album achado na estante lhe causou alguma curiosidade, venha até a mansão Himuro, localizada no endereço abaixo, onegai.
Assinado: Japão. 

Terminei de ler pela terceira vez a carta e olhei para a fachada da mansão antiga e com traços da arquitetura nipônica. Junto a mim estavam Kugelmugel, França, Austrália, Itália, Vietnã e América.

Entramos na mansão e nos deparamos com um breu. O luar era a única fonte de luz naquele momento. América e eu decidimos ir até à cozinha procurar por fósforos, velas ou lanterna. 

De repente tive a sensação de ter sentido alguém passar por mim, mas naquela escuridão estava impossível saber o que era.

_ Não achei nada. _ América bufou _ Por que Japão viria pra ca?

_ Vou ver como estão os demais, Alfred.

_ Okay!

Quando andei pelo corredor até o hall, tive a ligeira impressão que alguém me seguia. Olhei para trás, pensando ser América.

_ Alfred, é você? _ Nenhuma resposta _ Alfred...?

Então, bruscamente, uma gelada mão agarrou meu pulso e me puxou para trás. Meu sangue congelou nas veias e esperei que minhas costas colidissem com a parede do corredor, mas isso não aconteceu. Pelo contrário, cai no chão. Alguém me puxara para outro compartimento da casa. Levantei-me para voltar para o hall, mas tudo o que senti foi a parede firme à minha frente.

Olhei para trás, mas a escuridão era tanta que mal dava para perceber se meus olhos estavam abertos ou fechados. Tentei pedir ajuda, todavia tudo indicava que ninguém podia ouvir minha voz. Passei a andar pelo local em busca de saída, porém a sensação era a de que eu ficava cada vez mais perdido. Acabei vendo-me no meio do nada e só me restava esperar.

XxX

Eu estava sentado no chão, com a cabeça apoiada nos braços e nos joelhos quando percebi o local clarear. Olhei mais atentamente para a luz da lanterna que se aproximava, e junto com ela estava o grupo do qual eu havia me separado.

_ O hero achou o senhor Áustria, pessoal! _ A voz era de América.

_ Áustria-san! _ Itália, que segurava a lanterna, correu até mim e me abraçou assim que eu me levantei.

_ Itália... _ Retribui o abraço e olhei para os demais. Estavam todos ali, curiosamente, cheios de ferimentos. _ O que aconteceu com vocês? Não conseguiram achar Kiku?

_ Fomos atacados por fantasmas. _ Respondeu Vietnã aborrecida _ Eles quase nos mataram, mas conseguimos escapar por causa disso aqui. _ Apontou para a câmera que estava em suas próprias mãos _ Uma câmera de exorcismo. Parece que isso elimina os fantasmas.

_ Essa câmera... Eu vi uma dessas nas mãos de Kiku quando fui visitá-lo da última vez.

Houve um breve silêncio. América, Vietnã e França se entreolharam, Itália afastou-se de mim assim que Julian se aproximou e pude me curvar para ver se ele estava bem. Já Austrália se limitava a olhar para uma outra direção.

_ Gente, acho que tem um fantasminha bonitinho vindo na nossa direção.


Ficamos atentos e Vietnã logo correu para frente de Austrália, munindo-se da câmera. Algo se aproximou lentamente de nós, e ela imediatamente tirou uma foto. Para nossa sorte, era apenas Kiku, que vinha cambaleando por um caminho diverso ao que eles usaram para me encontrar.

_ Kiku! _ Vietnã e Itália gritaram, indo até ele antes que suas pernas perdessem as forças.

_ Hei, Japão, o que aconteceu com você? _ Alfred indagou, aproximando-se dele. _ Por que veio para cá e por que mandou a carta pro senhor Áustria vir também?

Observei Kiku olhar fracamente para mim e depois para os outros três:

_ Não era para vir todos vocês... Eu precisava de ajuda, mas não queria envolver tanta gente.

_ Ajuda? Ajuda para que?

_ Para achar o talismã... Eu não aguento mais isso...

Kugelmugel e eu nos entreolhamos e nos aproximamos do grupo para ouvir o que Japão tinha a dizer. Por um momento, um silêncio medonho se fez presente, acompanhado de uma atmosfera sufocante. Kiku abriu levemente a boca, e relatou quase num sussurro:

_ Há séculos atrás... A família Himuro acreditava que para manter o portal entre o mundo humano e o mundo dos yokais fechado era necessário um ritual que envolvia as mulheres da própria linhagem. Eles selecionavam as jovens as quais eles achavam serem aptas para o sacrifício.

Meus olhos se abriram mais, e não fui o único a ter essa reação.

_ S-sacrifício? _ Itália cobriu a boca depois de falar, como se tivesse proferido uma ofensa.

_ Sim... Uma menina era escolhida no dia do seu nascimento e era criada em um quarto fechado, sem ter contato com o mundo exterior. Ela tinha que ser pura e sem nenhum apego à Terra.

A medida que a menina crescia, garotas eram escolhidas para que, no dia do sacrifício, elas brincassem de oni... Uma brincadeira de pegar. 

Mas aquilo não era uma brincadeira.

Uma das garotas representava o oni para correr atrás das outras. A primeira a ser pega seria sacrificada, pois ela era cega ao demônio, e a última faria conjurações para segurar os yokais, impedindo-os de saírem do portal. 


No dia do sacrifício, a donzela ainda viva tinha seus pulsos, tornozelos e pescoço atados por cordas, que eram puxadas por bois até arrancarem seus membros. 

A primeira garota pega na brincadeira do oni usava uma máscara com longas e finas pontas na direção dos olhos, cegando-a.

Já a última garota a ser pega, cuidava das conjurações. 

E assim, o ritual estava concluído. 


_ Mas isso é muita maldade! _ O choro de Itália trouxe a mim e aos outros à realidade _ Por que... Por que tinham que fazer isso?! Você não concordava com isso, não é, Japão? Não... Não concordava, certo?

À medida que Itália falava, algumas gotas de lágrimas se acumulavam no canto de seus olhos. Limitei-me a aparar uma delas com o dedo antes que escorregasse pela face dele, e de alguma forma, desviei sua atenção por um curto tempo.

_ Eu não concordava... Mas eu... Eu... _ Kiku balançou a cabeça e tentou se manter firme.

O último ritual feito falhou porque a donzela, pela a janela do quarto onde ela ficava, viu um homem ao longe. Ela se apaixonou e acabou criando um apego à Terra. 

O procedimento falhou e o patriarca da família enlouqueceu e matou a todos. Depois cometeu suicídio, fazendo com que o ritual nunca mais fosse executado. Eu... Fui o único sobrevivente naquele dia, embora tivesse ficado gravemente ferido.

_ Kiku, você guarda isso até hoje? _ Vietnã perguntou com remórcio.

_ ...

_ Kiku?

_ Ele ainda está aqui... O patriarca... E todos os outros... Eles me assombram ainda.

Não sei se conseguirei narrar com precisão a partir de agora. Tudo ainda está muito confuso em minha mente. Tudo o que sei é que quando Vietnã tentou reanimá-lo, uma criatura fantasmagórica, feminina, de cabelos negros e olhos perfurados, derramando sangue, saiu de Kiku e a atacou, estrangulando-a. Poderia dizer que era um fantasma, mas era sólido. América correu em socorro de Vietnã e virou o novo alvo da criatura.

De repente, milhares de mãos surgiram das paredes e prenderam o corpo de Kiku, que agora parecia uma mera marionete presa por cordões.

Os donos de algumas daquelas mãos emergiram e nos atacaram, encurralando-nos. Eram centenas. Vi Itália, Kugelmugel, Vietnã, Austrália e América sumirem em meio aos fantasmas que os atacavam. Reagi na esperança de ajudá-los, mas não consegui me desvencilhar daqueles que vinham para cima de mim. Um par de braços apertavam minha garganta e faziam minha visão ficar turva. 

De alguma forma, talvez por ser muito pequeno, Julian conseguiu se desvencilhar o suficiente para alcançar a câmera de exorcismo e atacar os próprios agressores. Correu até mim e fez a mesma coisa, e logo pude respirar.

Os demais fantasmas perceberam que a câmera estava conosco e largaram Vietnã, América, Itália e Austrália para vir atrás de nós. Enquanto isso, o corpo inanimado de Kiku saia do chão, preso pelas mãos que ainda o sustentavam. Sua pele ganhava um tom arroxeado e era quase visível perceber a vida se esvaindo de seu corpo.

Kiku foi o único sobrevivente. Eles o queriam também.

Coloquei Julian no colo e escapei dos fantasmas que queriam nos pegar enquanto ele usava a câmera. Vietnã e América estavam gravemente feridos e por mais que eu estivesse livre, estávamos cada vez mais cercados. Julian parecia ter bastante concentração nas fotos, mesmo numa situação de perigo, mas ele não era rápido o bastante.

Eu poderia continuar sendo os pés dele, mas não sou bom em fugas.

A solução era quase óbvia. Corri para onde estava a silhueta de Itália, agora encostado na parede e cercado por uns cinco ou seis inimigos. Consegui chegar até ele antes que os oponentes decidissem atacar, entretanto isso me custou uns golpes dolorosos.

_ Áustria-san! 

Desvencilhei-me o suficiente para passar Kugelmugel para ele e empurrá-lo para fora daquele tumulto.

_ N-não, eu...

_ Vá embora! _ Ordenei.

Não pude ver o que aconteceu depois. Uma lâmina atravessou brutalmente minhas costas e tudo desapareceu.

XxX

Quando acordei, estava no hall de entrada, e todos estavam comigo. Num estado deplorável, cheios de sequelas... Mas estavam salvos. Vietnã, América, Itália e Kugelmugel estavam acordados. Os demais, desmaiados, inclusive Japão.

_ O que...?

_ Áustria-san! _ Itália me abraçou e tive que me segurar para não repeli-lo por instinto... O que é normal, considerando que os últimos pares de braços que vieram em minha direção foram para me enforcar.

_ O que aconteceu? Vocês estão bem? Como...?

_ Vee~ Foi assustador! Enquanto fugíamos eu subi até o sótão! Não dava pra ir para o resto da casa porque eles estavam por toda a parte! Só que quando chegamos la, apareceu um fantasma horrível e muito malvado! Eu acho que era o patriarca. Ele tentou nos matar, mas eu consegui me esquivar. Então apareceu um talismã brilhando... Eu queria pegá-lo, mas... Aquele homem era muito forte! Quase morremos!

_ Quer logo dizer como isso tudo terminou, seu tonto?

Ele riu sem jeito e continuou:

_ Julian conseguiu tirar fotos dele e deu tempo para eu pegar o talismã que brilhava... Ai, de repente, os fantasmas apareceram. Não sei de onde vieram, mas eram muitos! E Japão estava com eles e começou a nos atacar! Só que ele não faria isso, né? Né?

Olhei mais atentamente para Itália. Havia um corte considerável em seu ombro. Por outro lado, seus pulsos estavam machucados, como se tivesse bloqueado ataques. 

_ Eu fiquei desesperado! _ Ele continuou _ Mas não podia fugir e deixar o Kugelmugel. Ai eu joguei o talismã no Japão e ele voltou ao normal. Que sorte, né? _ Sorriu.

_ E... O que aconteceu depois?

_ Ah. Japão segurou o talismã e falou umas coisas para acabar com a maldição. Parecia um exorcismo em massa. Ve~ Foi assustador! Mas pelo menos eles sumiram. Depois Japão desmaiou. 

_ ...

_ Hehe! Eu estava com muito medo, mas tínhamos que voltar pra buscar o senhor e os outros. Vocês estavam desmaiados, mas havia uma donzela de kimono branco com vocês. Foi estranho. Ela deixou Julian tirar a foto dela e pareceu se despedir.

Ergui as sobrancelhas surpreso. Pode ter sido a mesma pessoa que me puxou para dentro daquele compartimento. Talvez ela não fosse uma inimiga.

Suspirei aliviado. América, por outro lado, coçou a cabeça e mirou Kiku. Comportava-se como se todos aqueles machucados nele próprio fossem parte de uma fantasia de Halloween.

_ Será que Japão vai ficar bem agora?

_ Espero que sim. _ Respondeu Vietnã.

Um silêncio momentâneo se fez presente. Kugelmugel tirou sua atenção das fotos e olhou para mim, aparentemente indiferente a tudo.

_ Herr Österreich.

_ Sim?

Então ele me mostrou uma foto da donzela de kimono branco.

_ Essa foto está muito bem tirada. Posso ficar com ela?

_ ... É toda sua, se Kiku não se importar.

Saímos da mansão, levando Kiku e os demais para a casa do anfitrião. Vietnã ficou por la para cuidar de si e dos irmãos. Já eu levei América, Itália e Kugelmugel para a minha, tratando de cuidar dos nosso ferimentos.

Acho que depois desses acontecimentos, vou para Veneza passar o carnaval la. *Suspira exausto* 


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Visita a Kiku

Feliz ano novo a todos. Vou poupar detalhes sobre a festa de reveillon porque quem leu o blog de Prússia e Itália já sabe o que aconteceu. 

Ainda porque minha mente está totalmente alheia aos acontecimentos da festa;

Ontem a noite, decidi fazer uma visita a Kiku para agradecer pessoalmente aos presentes. Ainda eram 19 horas, então achei que não haveria problemas. Quando toquei a campainha, ele "surgiu" atrás de mim.

_ Áustria-san?

_ Você não estava la dentro? _ A pergunta simplesmente havia saltado de minha boca, e quando percebi o quão idiota aquela indagação era, contive a vontade de fechar os olhos e bater em minha própria testa _ Digo, perdão por incomodá-lo. Eu vim apenas agradecer pelo presente.

_ Está tudo bem, Áustria-san. Entre. Vou fazer um chá.

Entrei deixando os sapatos na entrada da casa como de costume. Não perguntei ao meu anfitrião por que ele estava andando pelo jardim àquela hora, seria indelicado, mas eu estava realmente curioso. Havia uma câmera bem antiga, rústica, nas mãos dele. Também não fiz nenhum comentário a respeito disso.

Kiku foi até à cozinha fazer o chá e disse pra eu ficar à vontade.

Sabe aqueles momentos em que você está sozinho na casa dos outros e não sabe exatamente o que fazer, então fica observando as coisas? Pois bem, eu resolvi observar os livros da estante. Enquanto fazia isso, tive a leve impressão de que algo havia saído do lugar. Não sei explicar ao certo o que aconteceu, mas quando olhei para o lado, vi um livro preto fora da fileira. 

"Himuro". Era o que estava escrito na lombada.

Peguei-o e comecei a folheá-lo. Para a minha surpresa era... *Sente um mal estar* Fotos de paisagens sombria e... *Mal estar aumenta* Semelhante aquelas fotos com coisas que lembram fantasmas...


Crash! 

O barulho de algo caindo no chão e se quebrando em mil pedaços me trouxe de volta à realidade. Levei um tremendo susto, isso sim! Olhei para trás e vi Kiku olhando para mim, para o álbum e para a bandeja, como se tivesse que decidir o que faria primeiro: Arrancar o objeto das minhas mãos ou juntar o jogo de chá que ele deixou cair.

Fechei então o livro e me dispus a ajudá-lo.

_ Está tudo bem?

Ele abriu um sorriso:

_ Hai. Áustria-san, pode me dizer por que estava vendo aquilo?

_ Ah, isso. O álbum estava saliente em sua estante. Eu pretendia arrumá-lo, mas senti vontade de folheá-lo. Algum problema?

_ Problema? Não, não, nenhum problema. Você gosta de chá preto? Eu conheço uma boa receita.

_ Chá preto?! Bem, eu realmente aprecio, mas...

_ Isso é muito bom. Ficarei muito feliz em ensiná-lo a fazer um bom chá, Venha comigo.

O resto da noite passamos fazendo chá preto e falando sobre receitas em geral. Até trocamos algumas e no final, acabei indo embora. Não comentei sobre o hábito excêntrico de meu anfitrião por educação, mas confesso que ainda estou impressionado.