sexta-feira, 24 de junho de 2011

Uma tarde com Prússia


Como todos sabem, invadir minha casa, se intrometer nos meus assuntos e aparecer sem ser convidado parecem ser hobbies de Prússia. Mas dessa vez ele acabou passando a tarde comigo quando fez isso.

Meus motivos? Leiam o blog do Gil e vão entender. Bem, tem a aula de piano que eu dei a ele, afinal não podia deixá-lo ir embora até aprender a música Für Elise (ele estava tentando tocá-la no meu piano sem permissão), sem falar que eu precisava desfazer o mico que eu passei quando estive mais preocupado em fazer sala para ele do que em abotoar os botões da minha camisa. Além disso eu estava sozinho e queria companhia

Ficamos a tarde toda sentados ao piano enquanto eu ensinava aquela música. Aos poucos conseguimos tocar juntos e até pude deixar a música fluir dentro de mim... Sinal que ele estava acompanhando meu ritmo. Não posso negar que era até... Divertido.

Quando acabamos, abri os olhos (normalmente toco de olhos fechados quando estou muito concentrado) e olhei para as teclas.

_ Acho que por hoje é só. _ Falei tranquilamente.

_ Já? _ Me soou mais como um "ah, que pena". Acho que ele não tem muito o que fazer afinal _ Ahn... Quer que Oresama prepare mais café?

Fechei a cara só de imaginar minha cozinha depois de uma visita de Gil.

_ Não. Deixe que eu preparo. Afinal sou o dono da casa.

Fui à cozinha e deixei a água fervendo. Peguei o café e quando estava prestes a coar, escutei Gil tocando aquele piano. Pra um principiante, ele estava tocando bem.

Confesso que música é meu ponto fraco e ouvindo uma melodia bem tocada era de se esperar que eu me desconcentrasse e derramasse o café fervente na minha mão. A dor foi tanta que acabei largando a panela com café e, claro, além de me sujar, ainda me queimei com os respingos. Será que eu gritei? Devo ter gritado porque vi Gil entrar na cozinha e logo vir pra cima de mim.

_ Aristocrata, o que aconteceu? _ Ele segurou meu pulso e usou a roupa para limpar meu rosto.

_ Água... Café quente... Me solte!! _ Gritei.

Por sorte ele entendeu a mensagem: Minha mão estava queimando e eu precisava urgentemente de água. Ele correu comigo até o banheiro e colocou minha mão na água corrente. Senti um alívio na mesma hora.

Alívio que durou por pouco tempo porque o sr. inteligência resolveu colocar a minha mão no rosto dele para medir a temperatura.

_ Pronto. Acho que já está normal.

Acho que fiquei vermelho.

_ Sabia que o corpo humano emite calor?

_ E daí?

_ Dai que minha mão está queimando... Seu idiota!!

_ Aah! Foi mal! _ Ele voltou a colocar minha mão na água corrente _ Só queria ver a temperatura.

Apesar de tudo era engraçado vê-lo daquele jeito. Ele sempre foi estabanado e parece nunca saber o que está fazendo, exceto quando o assunto é importunar a minha vida dos outros.

_ Pronto, pronto... Ta melhor?

_ Você... _ Eu comecei a rir sem querer _ O que tem na cabeça...? Nem parece... Que cuidou de uma criança...

Quando dei por mim, ele estava rindo também. Um riso de nostalgia.

_ É, a gente acaba aprendendo com elas... E depois elas crescem e ficam tão grandes...

_ Acho que no final... Você sabe o que faz _ Nem acredito que falei uma coisa dessas.

_ Claro que sei! Eu sou awesome, esqueceu? Você é que é todo desastrado.

Curiosamente, eu não repliquei. Na verdade ficamos calados. Ele fechou a torneira e depois que cobriu minha mão com uma toalha molhada, resolveu ele mesmo fazer o café.

_ Prontinho! Deveria ter deixado Oresama fazer o café desde o começo. Você fez mais estragos na sua cozinha do que eu.

_ Baka. _ Franzi o cenho e virei o rosto. Era o mínimo que ele poderia fazer depois de invadir minha casa. Só não falei isso porque realmente não estava afim de brigar.

No final da tarde estávamos os dois sentados à mesa,tomando café e olhando o pôr do sol pela minha janela. O céu oscilava entre o laranja, o lilás e o azul, tudo muito belo. Olhei para Prússia, suspirei e me levantei.

_ Anoiteceu. Já é hora de você ir. E da próxima vez que resolver vir pra cá sem convite, trate de ficar longe do meu piano.

Hnf. Como se ele fosse me obedecer.

_ Que mal humor! Seu piano não é feito de sal. Mas eu vou embora sim. Mein West já deve estar em casa.

Abri a porta e o esperei sair. Quando ele foi embora, fiquei olhando para o piano e acabei rindo sem querer. Tirei a toalha molhada que estava enrolada na minha mão e após perceber que a dor havia amenizado, resolvi tocar Für Elise.


[Offa: Cumprindo minha palavra, complementei o post do Prússia. Só peço desculpa por qualquer fail e por usar o rpg do chat. Não costumo trabalhar com esse par. Hm... Mais alguma coisa? Ah, sim... Gil, seu troll, por sua culpa agora não consigo mais ouvir Für Elise sem imaginar esses dois tocando juntos! >.<]

4 comentários:

  1. Chibis fofos. *_*/apanha

    Ahahahaah!O Prussia certamente vai volta.xD

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  2. E não vou te obedecer mesmo. Fique claro u_u

    Sua sorte é que Mein West tem um piano em casa, senão minhas awesomes visitas iram aumentar :T

    Ainda sim, devo agradecer por ter me ensinado. Vou treinar sempre que puder :T

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  3. Apesar de brigar bastante, parece que se conseguem se dar bem... no final das contas..

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  4. Suécia: Isso não é motivo pra risos, Su-san -_-

    Prússia: Se você tem um piano em casa, por que foi colocar as patas no meu, Obaka-san? ùu *suspira* De qualquer forma... Bem... Obrigado pela visita.

    Grécia: Ah... -.- Defina "bem" ¬¬

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